"Somos simples animais / E toda a vida lutamos / Contra tudo e os demais, / Pelo que mais desejamos."

terça-feira, março 29

Exemplos pictóricos do livro de Heitlinger - Tipografia

Apresentarei aqui alguns exemplos de tipografia retirados do livro de Paulo Heitlinger, Tipografia - Origens, formas e uso das letras. Enjoy! :D






















































































































domingo, março 27

Tipografia

O que é a Tipografia?


  •  "A mais breve, mais clara e mais coerente definição li-a num livrinho de Indra Kupferschmid: O que é a tipografia? Existem apenas 3 métodos de fazer letras - escrevê-las, desenhá-las ou produzí-las graficamente."; (Heitlinger, 2006: 11)
  • "A tipografia surgiu como a arte de escrever e imprimir a partir do tipo móvel. (...) A tipografia é considerada uma das maiores revoluções ocorridas no mundo ocidental (...)."; (Fonseca, 2008: 15)
  • A origem do nome -" A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente."; (wikipedia.pt)


 Um pouquito de História - As origens
  • Apesar de as teorias sobre o surgimento da escrita serem variadas e não haver ainda um consenso por parte dos cientistas, a maioria dessas teorias concorda que esta advém dos pictogramas (figuras que representam um conceito ou objecto) e que, a uma dada altura, estes foram-se estruturando como "uma linguagemde símbolos fonéticos". A diferença aqui é a significante passagem de um sistema somente pictórico para um sistema fonético que se baseia no registo escrito do som falado de uma palavra.
  • As origens da escrita remontam a tempos muito distantes - os primeiros sistemas de escrita de que se tem conhecimento datam de 3200 a.C., na Mesopotâmia; os hieróglifos, nascidos no Egipto, apareceram por volta de 3000 a.C.; na China, os antecedentes do sistema de escrita desenvolveram-se em cerca de1600 a.C. e na Índia, por volta de 1500 a.C., nasceu o sânscrito. No entanto, esta crença generalizada sobre quando apareceu a escrita pode mudar - foram encontradas inscrições em urnas funerárias, numa região da China, que podem contituir exemplos de escrita em forma de sinais ainda não decifrados, datados de 7000 a 5800 a.C.; (Fonseca, 2008)




Acho, também, que seria interessante referenciar rapidamente a subtil relação existente entre a tipografia e a poesia visual.
  • "Desde a mais recuada antiguidade que a imagem está intimamente vinculada no mundo da literatura" (Figueres e Seabra, 1977: 7);
  • O que é, mesmo, a poesia visual?
    • "A representação é simples: uma imagem que pode ser acompanhada de um texto - palavras com conteúdo semântico - ou um anagrama identificável em todo o mundo (...)". (Figueres e Seabra, 1977: 36)


Bibliografia
  • HEITLINGER, Paulo, Tipografia - Origens, formas e usos das letras, Dinalivro, Lisboa, 2006;












  • FONSECA, Joaquim da, tipografia & design gráfico, Bookman, São Paulo, 2008;













  • FIGUERES, Josep M. e SEABRA, Manuel de, antologia da poesia visual europeia, Editorial Futura, Lisboa, 1977;


  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Tipografia (Acedido em 28-03-11);

sexta-feira, março 25

Tipografia - the beginning

Hoje ficam aqui apenas algumas imagens representativas da Tipografia - para breve está um artigo sobre a mesma... Enjoy! :)















































































segunda-feira, março 21

The Final Results

Senhoras e senhores, chegou a hora de revelar o tão esperado proudto final!
Primeiramente apresentaremos as duas imagens definitivas e depois procederemos à justificação das mesmas com um "a-modos-que" relatório deste nosso trabalho.

As Composições Visuais

O Círculo

























O Quadrado

























Relatório

           Como já foi mencionado antes várias vezes, a música escolhida pelo nosso grupo foi a “Bohemian Rhapsody” dos Queen e seleccionámos duas partes específicas da letra que correspondem, respectivamente, ao quadrado e ao círculo (como já foi explicado num post anterior).
            Escolhemos o círculo para representar aquela parte da letra pois, por ser redondo e lembrar uma bolha, representa o mundo em que o ser humano se fecha quando está numa fase depressiva. Decidimos preencher o fundo deste com azuis e verdes de modo a assemelhar-se a água e apresentar profundidade além de que, na nossa opinião, a água transmite uma sensação de calma, de escape ao mundo exterior. A rapariga dentro da bolha de água, que recortámos de uma foto subaquática da artista Nadia Moro, representa o estado de depressão e melancolia da personagem que canta, afastando-se de quem a tenta ajudar (os braços a vir da superfície, posicionados simetricamente, como que tentando agarrá-la) e fechando-se na sua “bolha”. É como se desistisse de tudo e se deixasse afogar. Há um contraste forte entre a fragilidade da rapariga que desiste de tudo e a força dos braços que a tentam salvar.
O quadrado, por sua vez, enquadrado com as cortinas, lembra o palco de um teatro e representa o dramatismo e teatralidade dessa fase da canção que, por sua vez, está a falar da vida de um rapaz pobre de uma família pobre. O fundo do quadrado está preenchido com as cores vermelho e preto, que transmitem uma ideia de violência, obscuridade e drama. Os elementos que sobrepusemos ao fundo foram as cortinas que, como já foi referido, realçam a teatralidade dessa fase da música e, de certo modo, enquadram a própria composição – a sua opacidade esconde parte do fundo da imagem, deixando espaço para a imaginação de quem a vê; as máscaras características do teatro que, como o próprio nome diz, reforçam ainda mais a ideia já referida de teatralidade; o fogo, debaixo das máscaras, transmite uma imagem de perigo iminente, de um “inferno na terra”, por assim dizer. Além disso, transmite também a ideia de actividade, movimento e energia (por lembrar o crepitar das chamas).

Programas utilizados:
 - ArtRage para criar os fundos;
 - Photoshop para recortar e colar os elementos;
 - Photoscape para recortar o círculo e para os retoques finais (luminosidade, contraste, etc.);

quinta-feira, março 17

Algumas mudanças ocorreram na nossa proposta de trabalho... Deixo-vos com os esboços actualizados, um deles igual e outro diferente. Além disso, apresento também a nossa mais recente recolha fotográfica - para que é que esta serve e qual vai ser o resultado final ainda terão de esperar para ver... ;)

O quadrado, ainda igual



O círculo, agora com cores diferentes














Recolha fotográfica























As próximas fotos são da autoria da artista Nadia Moro






segunda-feira, março 14

Mostro, pela primeira vez ao público, os esboços daquilo que virá a ser, em princípio, o nosso trabalho - já expliquei num post anterior a simbologia das cores e aproveito agora para adiantar uma explicação sobre as cortinas no quadrado. Estas são para dramatizar ainda mais a composição visual, para dar um verdadeiro aspecto teatral àquilo que tentamos transmitir. De seguida apresento também a recolha fotográfica para escolher as ditas cortinas. Aproveito também para dizer que o programa utilizado para obter estas cores e este efeito foi o Art Rage, uma verdadeira tela, tinta e pincel no ecrã de um computador (para mais informações, http://www.artrage.com/ ) e foi o Photoshop o programa de eleição para colocar as cortinas no quadrado.

O círculo














O quadrado, enquadrado pelas cortinas













Recolha fotográfica para as cortinas










O trabalho avança e as ideias surgem. Já foram decididas as 'partes' da letra que irão ser retratadas na composição visual. A primeira, melancólica e calma, que corresponderá ao círculo, é:

"Mama, just killed a man
Put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away
Mama, oh
Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on
As if nothing really matters
Too late, my time has come
Sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody, I've got to go
Gotta leave you all behind
And face the truth
Mama, oh, I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all."

A segunda, agitada, teatral e mais violenta, que corresponderá ao quadrado, é:

"I see a little silhouette of a man
Scaramouch, Scaramouch will you do the fandango
Thunderbolt and lightning, very, very frightening me
Galileo, Galileo
Galileo, Galileo
Galileo, Figaro, magnifico
But I'm just a poor boy and nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life from this monstrosity
Easy come, easy go, will you let me go
Bismillah! No, we will not let you go
Let him go
Bismillah! We will not let you go, let him go
Bismillah! We will not let you go, let me go
Will not let you go, let me go, never
Never let you go, let me go
Never let me go, oh
No, no, no, no, no, no, no
Oh mama mia, mama mia, mama mia let me go
Beelzebub has a devil put aside for me
For me (2x)."

terça-feira, março 8

No nosso grupo de trabalho, somos da opinião que a música seleccionada tem várias fases diferentes dentro da própria música - uma possível ideia para o trabalho seria representar uma das fases no quadrado e outra fase no círculo. Por exemplo, no quadrado expressaríamos uma fase mais calma e melancólica, enquanto no círculo expressaríamos uma fase mais "violenta" e alarmante. Por enquanto, são ideias em progresso.

quarta-feira, março 2

Eu e o outro elemento do meu grupo, a Raquel Costa, pensámos, provisoriamente, em utilizar a letra da música Bohemian Rhapsody dos Queen para a nossa composição visual. Por enquanto, aqui fica a letra desta música:

Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see
I'm just a poor boy
I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go
A little high, little low
Anyway the wind blows
Doesn't really matter to me, to me
Mama, just killed a man
Put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away
Mama, oh
Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on
As if nothing really matters
Too late, my time has come
Sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody, I've got to go
Gotta leave you all behind
And face the truth
Mama, oh, I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all
I see a little silhouette of a man
Scaramouch, Scaramouch will you do the fandango
Thunderbolt and lightning, very, very frightening me
Galileo, Galileo
Galileo, Galileo
Galileo, Figaro, magnifico
But I'm just a poor boy and nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life from this monstrosity
Easy come, easy go, will you let me go
Bismillah! No, we will not let you go
Let him go
Bismillah! We will not let you go, let him go
Bismillah! We will not let you go, let me go
Will not let you go, let me go, never
Never let you go, let me go
Never let me go, oh
No, no, no, no, no, no, no
Oh mama mia, mama mia, mama mia let me go
Beelzebub has a devil put aside for me
For me (2x)
So you think
You can stop me and spit in my eye
So you think you can love me
And leave me to die
Oh baby, can't do this to me baby
Just gotta get out
Just gotta get right outta here
Oh, oh yeah, oh yeah
Nothing really matters
Anyone can see
Nothing really matters
Nothing really matters to me
Anywhere the wind blows

Composição: Freddie Mercury

terça-feira, março 1

O Gestaltismo

Gestaltismo
            O que é?
            O gestaltismo, ou simplesmente Gestalt, é uma teoria da percepção visual da forma, ou, como diz Charles Osgood (1973: 237), “A teoria diz respeito aos acontecimentos que ocorrem dentro do campo visual, o qual constituí uma distribuição dinâmica de energia cujas partes são interdependentes através da sua participação no todo.”. Como podemos ver, já aqui se introduz a essencial noção de que, na Gestalt, o todo é mais do que a mera soma das partes.












            Convém também referir, por questões meramente informativas, que a Gestalt contraria uma outra teoria da percepção da forma, o Associacionismo. Este, por sua vez, teoriza que a percepção é um somatório de sensações. Assim, o gestaltismo veio contradizer esta noção, complexificando o que se entendia por percepção.
            Já que muito se fala nela, o que é então esta percepção?
            Ela é “um processo de organização e interpretação da informação sensorial que nos permite identificar objectos e acontecimentos.” (Abrunhosa e Leitão, 2009: 140). Nesta obra, estes autores propõem uma outra definição para gestaltismo, referindo esta que “o ser humano possui a capacidade inata de percepcionar formas ou figuras que se destacam de fundos.”.
            Verificamos, assim, que a compreensão da organização perceptiva é vital para a consequente compreensão da própria Gestalt. Segundo esta organização, existem 3 características essenciais que nos permitem organizar as percepções – são elas a segregação figura-fundo, a tendência à estruturação e a constância perceptiva.
. Segregação figura-fundo
            Aqui entra o conceito de pragnância – uma figura deve ser pragnante, ou seja, para ser facilmente percepcionada, deve possuir caracteres que a façam contrastar com o fundo (quanto maior for a segregação entre a figura e o fundo, mais fácil será a percepção da figura) (Abrunhosa e Leitão, 2009). A seguir estão enunciados os casos de segregação figura-fundo:

- Indiferenciação figura-fundo –






- Ambiguidade da figura -










- Reversibilidade figura-fundo –









. Tendência à estruturação

            O ser humano tende naturalmente a estruturar os elementos que observa, criando boas formas, isto é, as figuras simples, regulares, equilibradas e simétricas (Abrunhosa e Leitão, 2009).    A seguir estão enunciados os casos de tendência à estruturação:
- Fechamento –






- Continuidade –





- Proximidade – 

        



- Semelhança –







. Constância perceptiva
Tal como noutros casos, na percepção visual deparámo-nos com o fenómeno da constância – por exemplo, quando ouvimos uma melodia em dois tons diferentes, reconhecemo-la como a mesma melodia (Abrunhosa e Leitão, 2009).A seguir estão enunciados os casos de constância perceptiva visual:

 - Constância da grandeza –




 - Constância da forma – 






 - Constância da cor –


Bibliografia
-OSGOOD, Charles E., Método e Teoria na Psicologia Experimental, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1973, pp. 237-238.

- ABRUNHOSA, Maria Antónia e LEITÃO, Miguel, Introdução à Psicologia – Nova Edição, Volume 2, Edições ASA, PORTO CODEX, 1980, pp. 24-37.

- ABRUNHOSA, Maria Antónia e LEITÃO, Miguel, Psicologia B  (Vol.1), Edições ASA, 2009, 1ª edição, pp. 140-147.