"Somos simples animais / E toda a vida lutamos / Contra tudo e os demais, / Pelo que mais desejamos."

quarta-feira, maio 25

Proposta 4 - esboçando

Revelamos, aqui, um primeiro esboço daquilo que, esperançosamente, será uma infografia sobre a Gravidez:





















Inicialmente, era esta plataforma que pretendíamos usar, mas revelou-se demasiado diminuta para a quantidade de informação que queríamos transpor (o tema escolhido tem, quase se poderia dizer, informação a mais)  :)
Escolhemos, assim, um modelo maior:

















Como de costume, relembramos que isto é só um esboço e há sempre espaço para aloterações ou uma mudança de planos!

segunda-feira, maio 16

Proposta 4 - uma hipótese

Para a proposta 4, que nos desafia a realizar uma infografia, propomos um tema relacionado com a área das Ciências Naturais - a Gravidez. É somente uma hipótese, há ainda espaço para mudar de tema, mas começamos, por enquanto, a fazer uma recolha pictórica sobre o já referido assunto:







































Proposta 3 - 2ª Parte (finalmente!)

Seguem-se aqui exemplos da importância da cor no nosso dia-a-dia, enquanto seres humanos racionais e, ao mesmo tempo, emocionais:


(Nota: Algumas fotos foram retiradas da Internet, outras foram da autoria do grupo.)




















































































































































domingo, maio 1

A Infografia - definição e exemplos




A infografia é, no fundo, a representação visual e pictórica de dados e estatísticas.

É possível, então, dizer que a infografia é uma espécie de "desenho da informação" - este, no seu sentido mais amplo, consiste na selecção,organização e apresentação da informação para uma determinada audiência. (Wildbur e Burke, 1998)

A informação em si pode remeter-se praticamente a qualquer campo, desde mapas históricos até um conjunto de dados estatísticos.





Alguns exemplos de infografias retirados dos livros "Premios Malofiej de Infografia" e  "Infográfica - Soluciones innovadoras en el diseño contemporáneo":
























































































































































































































































Bibliografia

  • WILDBUR, Peter, BURKE, Michael, Infográfica - Soluciones innovadoras en el diseño contemporáneo, Editorial Gustavo Gili, 1998, Barcelona;
  • FERNÁNDEZ, Paloma García, SAYÉS, Javier García, LILLO, Francisco, Premios Malofiej de Infografia, Graphic Press, 1993, Madrid;

sexta-feira, abril 22

A Cor

O que é a cor? Comecemos pelo mais simples...

"In visual perception a color is almodt never seen as it really is - as it physically is." (Albers, 1963: 1)

É importante apercebermo-nos que a cor, dependente de um sem número de factores, nunca é exactamente aquilo que é fisicamente. Parece confuso, não é? Isto é porque, no fundo, a cor não passa das radiações visíveis do espectro electromagnético. Mais especificamente ainda, a cor que vemos num objecto (por exemplo, uma camisola azul) é resultado das radiações que esse objecto absorve ou reflecte (a camisola azul absorve todas as radiações excepto as radiações cujo comprimento de onde corresponde à cor azul).

É também de bom tom mencionar a importância da luz - sem esta, a cor não existia (excepto que o preto, que por sua vez é a ausência de luz, não reflecte). O branco, claro está, é o resultado da reflexão de toda a luz, todas as radiações.

Os nossos olhos e o nosso cérebro também têm um papel essencial - os olhos captam a luz (através dos cones e bastonetes, orgãos fotossensíveis) e fornecem ao cérebro a informação necessária para "ver" as cores.

De um ponto de vista mais emocional, a cor desempenha um papel essencialíssimo na nossa vida.

E se todos os alimentos passassem a ser cinzentos?
E se os semáforos passassem a ter uma só cor, o roxo, por exemplo?
E se a água se tornasse preta?

Como nos adaptaríamos a isso? Conseguiríamos continuar a beber e comer como se nada fosse, ou ficaríamos repugnados?

É interessante pensar na real importância que a cor assume nas nossas vidas. Por alguma razão existem as expressões "amizade colorida", "ganhar novas cores" e até "ficar verde de inveja"...





Bibliografia
  • ALBERS, Josef, Interaction of color, Yale University, 1963;

quinta-feira, abril 21

Ricardo Reis - uma composição

Chegou (finalmente) a vez de Ricardo Reis:
























Reis - A sua poesia caracteriza-se essencialmente pelo epicurismo “triste”e pelo estoicismo (o seu objectivo é achar a ataraxia – tranquilidade, paz interior, felicidade moderada) e neopaganismo. Reis vive consciente da Morte e da efemeridade da vida e de que tudo no mundo (até os Deuses) está sujeito a esse Destino. Ele ensina, também, uma arte de viver que permite uma vida com um mínimo de sofrimento e uma chegada à morte pacífica; tudo o que se tiver vai-se perder, por isso não vale a pena criar ligações fortes, compromissos, responsabilidades, e deve-se passar pela vida calmamente, de forma tranquila, sem paixões nem ódios nem tristezas – em resumo, sem estabelecer pontes na vida que se vai perder e que vão causar sofrimento. Este heterónimo defende o “Carpe Diem”, ou seja, aproveitar os bons momentos que a vida oferece, mas sem se deixar dominar pelas emoções. Reis diz, ainda, que não deve haver materialização nem “prazer carnal”, mas sim espiritual.
Nesta composição, relativa a Ricardo Reis, decidimos abordar um lado talvez um pouco diferente do usual. Em vez de tentar transmitir a calma e serenidade que a poesia de Reis parece comunicar, abordamos o lado mais “negro” deste heterónimo. Tentámos, então, representar o buraco negro que parece sugar toda a vontade de viver de Ricardo Reis – poder-se-ia dizer, até, que o buraco negro representa a Morte que continuamente ‘assombra’ Reis e o impede de amar, criar ligações, compromissos, ter paixões ou ódios. As palavras sugadas pelo buraco negro representam isso mesmo: a eterna sombra da Morte e a realidade de que tudo desaparece retiram a Reis todo o alento para viver e a vontade de “prazer carnal”, deixando-o rendido à procura da ataraxia (a paz interior) e do prazer espiritual.

segunda-feira, abril 18

Proposta 3 - 1ª Parte

Aqui estão, oficialmente, os 3 objectos de comunicação visual que escolhi modificar para alterar o seu significado:


Imagem original - um champô verde, que transmite a ideia de ervas ou citrinos, ou seja, um champô herbal;




























Imagem adulterada 1 - um champô cor-de-rosa, que transmite a ideia de flores ou frutos silvestres mas, mais concretamente, aparenta ser um champô floral;




























Imagem adulterada 2 - um champô azul, que transmite a ideia de extractos marinhos e frescura;































Imagem original - um cemitério com tonalidades de Outono, transmite uma ideia de tristeza contida, saudades do que já acabou, uma calma nostalgia;





















Imagem adulterada 1 - transmite uma ideia de esperança, de renovação, de acreditar que algo melhor está para vir;



















Imagem adulterada 2 - transmite uma ideia de término total, de local sombrio, assombrado, de Morte;






















Imagem original - transmite uma ideia de requinte, de planeamento, de emoções contidas;

































Imagem adulterada 1 - transmite uma ideia de luz do luar, nostalgia, frio da noite, um amor perdido;


































Imagem adulterada 2 - transmite uma ideia de paixão, de um clube nocturno, de emoções soltas;





Os programas utilizados foram o Photoshop, para adulteração da cor, e o Photoscape para modificação da luminosidade, contraste, entre outras características.

sábado, abril 16

Proposta 3 - o início

Apesar de a proposta 2 ainda não estar terminada por completo, não vejo razão para não deitar mãos à obra e começar já a "magicar" algo para o 3º projecto desta disciplina. Como este é composto por 2 partes, começarei por aquela que envolve a alteração de 3 objectos de comunicação visual e a manipulação da sua cor, de forma a alterar-lhes o sentido.
No entanto, antes de passar a essa fase propriamente dita, vou dar uns exemplos de como a alteração da cor pode modificar todo o significado veiculado pelo dito objecto visual, através de umas fotos de minha autoria. A 1ª fase da proposta 3 será colocada noutro post. Enjoy! :)

Antes - imagem rural, campestre;


Depois - imagem sombria, tenebrosa;






















Antes - vida, frescura;





















Depois - morte, mirração;




sexta-feira, abril 15

Ricardo Reis - um tryout

A composição tipográfica relativa a este heterónimo ainda não está concluída mas, por enquanto, aqui ficam os primórdios daquilo que é, no nosso entender, um 'buraco negro' que caracterizará muito bem a maneira como Reis parece deixar que a sua vontade de viver e amar seja "sugada" pelo buraco negro que, neste caso, é a Morte - o fim inevitável de Tudo e Todos.

quarta-feira, abril 13

Álvaro de Campos - uma composição

É, agora, a vez de Álvaro de Campos:





Álvaro de Campos - Possui 3 fases - na 2ª fase, a Futurista/Sensacionista, Campos entrega-se a um histerismo de sensações e canta o mundo contemporâneo, celebrando o triunfo da máquina, da civilização moderna, da técnica, da força mecânica e da velocidade. Exalta a energia e a dinâmica, e expressa o mundo do progresso técnico. Após clamar a beleza da força e da máquina por oposição à beleza tradicionalmente concebida como tal e de se dar conta da incapacidade de realização, a poesia de Campo revela um pessimismo agónico, a dissolução do “eu”, a angústia e o tédio existenciais e a nostalgia da infância perdida (passagem para a 3ª fase – fase Intimista);
            Para criar uma composição visual para Álvaro de Campos, o conceito é simples e recorrente – desordem; caos; movimento; tecnologia; máquina; progresso; fúria.
            Queríamos algo que fizesse jus aos versos e, por isso, tentámos incluir todos esses elementos na nossa composição. Usando o programa Photoscape, começamos por desvendar como iríamos conseguir incluir aquele “r-r-r-r-r” na nossa composição – para nós, este elemento era essencial. Tivemos, então, uma ideia: Porque não transformar o próprio “r-r-r-r-r” numa parte da composição visual, em vez de simplesmente tentar representá-lo através de outra coisa? Partimos a partir daí e decidimos utilizar um jogo de dominó como inspiração – as peças todas caindo na sua vez, empurrando a peça seguinte, fazendo com que as primeiras caiam num abismo. Movimento. Caos. Mas o que as fez cair em primeiro lugar? Foi pois uma bola de demolição construída a partir de um O e presa por uma corrente de B’s. Tecnologia. Progresso. O triunfo da máquina. O resto dos elementos foi colocado numa layer superior com um simples propósito: Caos e desordem. O texto sobre o heterónimo, de um tom cinzento claro, é usado quase como papel de parede; as expressões “ó rodas” e “ó engrenagens” foram colocados (a bold) aleatoriamente na composição. Desordem. Por fim… Fúria. A maior palavra (em dimensão) da nossa composição sobre Campos. As letras, a vermelho escuro, quase uma espécie de castanho. A palavra está cortada quase pela metade, há uma parte que não se vê, mas... está lá. A fúria, apoiando o “r-r-r-r-r” que eternamente cai para o abismo.

Alberto Caeiro - uma composição

A nossa composição relativa a Alberto Caeiro:



















Alberto Caeiro – O poeta das sensações e da natureza. É anti-metafísico e sensacionista (as 2 características estão muito relacionadas uma com a outra). Caeiro atribui uma grande importância às sensações, desprezando o pensamento, e clama que a melhor forma de nos relacionarmos com o mundo é através dos sentidos, pois estes mostram as coisas exactamente como elas são – o pensamento distorce a realidade e “complica o que é simples”. Este traz tristeza pois há um distanciamento dos sentidos. Caeiro tem uma grande ligação com a Natureza e defende que a maneira correcta de viver é em comunhão com esta, desprezando a atitude metafísica. Este heterónimo fala sobre a vida através do que há de mais simples na Natureza - defende uma libertação das imposições da sociedade, através da valorização dos sentidos e, para Caeiro, a felicidade e a realidade residem nas sensações.
            Para realizar esta composição, decidimos enveredar por um caminho simples, baseado exactamente naquilo que os versos nos diziam, um caminho que certamente o próprio Caeiro seguiria. Os versos contam-nos como Caeiro vê apenas o que e “descomplica” as coisas e como as outras pessoas do mundo sentem a necessidade de “dar nomes” a tudo, “pôr tudo em ordem” e complicar aquilo que é simples e que, simplesmente é.  Usando o programa Photoscape, começamos por criar uma árvore com um T e um D, acrescentámos 2 I’s para os ramos da mesma, e com 2 simples quadrados pintados de, respectivamente, verde e azul, criámos um chão e um céu. Incluímos o texto sobre o heterónimo (com as letras verdes) na própria árvore, de modo a incluí-lo na Natureza e até a dar um certo aspecto de preenchimento, como se fossem as letras folhas de árvore. Quanto aos balões de fala de banda desenhada… Bem, era nossa intenção exprimir aquela “racionalidade específica” do ser humano, aquela vontade de pôr um letreiro em tudo e complicar aquilo que nem precisava de nome porque, simplesmente, já é.
            Obtivemos, assim, uma dualidade de significados – a Natureza que Caeiro tanto ama ou, melhor dizendo, sente; e a racionalidade do resto do Mundo, que insiste em desvalorizar constantemente as sensações.

quarta-feira, abril 6

Proposta Nº 2

Visto que a minha colega de grupo, Raquel Costa, já contextualizou esta proposta no blog dela, vou avançar já para uma pequena pesquisa fgotográfica realizada no âmbito da composição sobre o Álvaro de Campos; a pesquisa centrou-se na imagem de peças de dominó a cair, para dar aquela sensação de movimento, acção, infinidade...